domingo, 5 de dezembro de 2010

QUEBRAS DE RECORDES MARCAM A ÚLTIMA ETAPA DO CIRCUITO LOTERIAS CAIXA BRASIL PARAOLÍMPICO DE ATLETISMO, NATAÇÃO E HALTEROFILISMO


Odair dos Santos e Terezinha Guilhermina chegaram muito próximos dos recordes mundiais de suas provas, já de olho no Mundial de Atletismo. 15 recordes brasileiros foram superados na pista da Sogipa. No halterofilismo, cinco marcas nacionais foram quebradas. Na piscina da PUC, esperança renovada e 29 recordes superados

Terezinha fez as melhores marcas dos últimos anos
Odair bateu na trave duas vezes este fim de semana
Visitante ilustre, a judoca Mayra abraça Ádria
Daniel Dias homenageou o pequeno fã
A nova geração de nadadores foi o destaque da etapa

Afiados para o Mundial de Atletismo, que será de 21 a 30 de janeiro, na Nova Zelândia, os 25 atletas que representarão o Brasil foram os destaques da última etapa do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação. a competição reuniu cerca de 500 atletas, de todo o país, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, neste fim de semana.

Odair dos Santos e Terezinha Guilhermina chegaram muito próximos de recordes mundiais na pista da Sogipa, em Porto Alegre, prometendo muita emoção para a principal competição da temporada, mês que vem. Terezinha Guilhermina conquistou o ouro nas suas três provas, 100m, 200m e 400m, com boas marcas.

“Nos 200m fiz o melhor tempo da minha vida, e nos 100m e 400m o meu melhor tempo dos últimos dois anos. Foi bom para testar o motor. Agora é só ajustar os detalhes que apresentaram falhas e treinar ainda mais, porque não estou no meu 100%”, disse Terezinha.
Na prova dos 200m, a velocista ficou a apenas sete centésimos do recorde mundial, que pertence a Ádria dos Santos. E prometeu superá-lo no Mundial.

“Quero superar todas as minhas marcas no Mundial. Com certeza estarei bem melhor do aqui. Será a primeira competição internacional que estarei inteira na prova, 100% física, técnica e psicologicamente”, disse Terezinha.

Já Odair dos Santos, que havia ficado a 72 centésimos do recorde mundial nos 5.000m ontem, fez os 1.500m hoje dois segundos abaixo da melhor marca do mundo, mas o guia, Carlos dos Santos, cruzou na linha de chega à frente do atleta, e eles foram desclassificados.

“Antes aqui do que no Mundial”, disse Odair, lamentando.

“Pelo menos sabemos que podemos”, ponderou.

A busca pelos recordes mundiais desde que foi reclassificado, em agosto, e passou da classe T12 (baixa visão) para T11 (cego total), pode ter atrapalhado, avaliou Odair.

“Acho que estou muito obcecado com o recorde. Isto está me atrapalhando. No Mundial vou focado para buscar a medalha de ouro. O recorde há de vir como consequência.”

Nesta segunda-feira, 6, Odair e seus guias, Carlos Santos e Samuel do Nascimento, embarcam para a Colômbia, onde ficarão até o dia 24, treinando em altitude, já de olho no Mundial.

No total, a pista da Sogipa, em Porto Alegre, foi o palco de 15 quebras de recordes brasileiros na última etapa do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação.

“A etapa atingiu o que nós havíamos proposto, pois permitiu que observássemos o estágio atual de treinamento dos nossos atletas e mostrou que estamos no caminho certo”, avaliou o coordenador técnico de atletismo do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Ciro Winckler.

Presença ilustreA judoca Mayra Aguiar (equipe Oi/Sogipa), vice-campeã mundial sênior e campeã mundial sub-20 meio pesado, aproveitou as provas do Circuito na Sogipa, para dar um abraço na amiga Ádria Santos, dona de três ouros paraolímpicos e recordista mundial dos 200m T11.

“Nós conversamos sempre sobre o dia a dia da vida de atleta”, contou Mayra, que embarca nesta segunda-feira, 6, para disputar o Grand Slam de Tóquio, no Japão.

“Acaba sendo uma conversa sobre as dificuldades. A batalha é sempre a mesma. Atleta olímpico ou paraolímpico, a vontade de vencer é a mesma”, explicou Ádria.

Ouros e recordesO último dia de competição da natação paraolímpica brasileira em 2010 deixou esperanças na coordenação técnica da modalidade. Foram quebrados, no total, 29 recordes no Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação. 17 deles foram brasileiros e 12 do Circuito.

Braçada a braçada, os principais nadadores do país fecharam com chave de ouro o ano. Em agosto, a delegação brasileira foi a quinta melhor do mundo, ao trazer de Eindhoven, Holanda, 14 ouros, três pratas e nove bronzes.  Em Porto Alegre, os atletas mostraram empenho e já pensam no Parapan-Americano de Guadalajara, no México, em novembro de 2011.

Um dos nomes mais conhecidos do mundo da modalidade, Daniel Dias fechou a participação com o rotineiro ouro.

“Foi um ano sensacional. O balanço foi positivo e ainda me deixou motivado para 2011. Quero quebrar o recorde mundial nos 50m costas e vou lutar para isso. A natação me fascina por isso, pelos desafios que ela impõe. Vou disputar o Open no Canadá, nos próximos dias, e depois o descanso merecido”, contou.

Nos 100m livre (S5) Daniel nadou 1m12s75. Tempo suficiente para arrancar aplausos da torcida. O ídolo retribuiu o carinho presenteando um pequeno torcedor com a medalha de ouro.
“Que emoção ganhar do meu ídolo uma medalha de ouro. Nunca vou me esquecer disso”, falou emocionado o pequeno Diego Rodrigues, de 13 anos.

Também medalhista no último Mundial, Letícia Lucas teve um ótimo desempenho na última etapa do Circuito, ao quebrar dois recordes brasileiros.  Letícia Lucas Ferreira (S5) nadou os 100m costas neste domingo com o tempo de 1m00s23. No sábado, a mineira já havia quebrado o recorde dos 200m medley.

“2010 foi um ano voltado para o Mundial. Primeiro pensei na convocação. No mundial, queria baixar meu tempo e consegui. Depois meu desempenho caiu um pouco, mas treinei duro, consegui quebrar dois recordes brasileiros e foi ótimo para mim e meu técnico. Vou focar no nado medley para quem sabe fazer o recorde das Américas antes do Parapan.”

Esperança da nova geraçãoSe os medalhistas mundiais confirmaram a expectativa e garantiram a vitória, essa etapa foi considerada pela coordenação técnica como “esperançosa”. O técnico chefe nacional da modalidade, Rui Menslin, disse que a principal característica da etapa foi a participação dos jovens atletas, a maioria oriunda das Paraolimpíadas Escolares.

“Posso ressaltar que os jovens atletas estão crescendo muito. Essa nova geração, de atletas com até os 17 anos, vem evoluindo tecnicamente o que nos deixa muito animados. Os nadadores já consagrados nadaram bem durante o ano, no Mundial, mas esses jovens podem garantir o futuro da modalidade”, afirmou Rui.

Neste domingo, o goiano Ítalo Gomes Pereira, de 15 anos, foi um dos exemplos de garotos com potencial. Nas Escolares, Ítalo foi um dos destaques. Em Porto Alegre, ele levou a prata nos 100m livre (S6). Ítalo tem má formação congênita nos dois pés e começou a nadar há dois anos, por recomendação médica.

“Meu grande objetivo é participar de uma Paraolimpíada e trazer uma medalha para o país”, afirmou o garoto.

Público especialMais de 350 crianças de sete instituições prestigiaram as provas do atletismo na Sogipa, sábado e domingo. São meninos e meninas do Grupo de Ação Voluntária Francisco de Assis, da Comunidade Infantil Renascer Esperança, do Lar Esperança, da Associação Comunitária Beneficente Tia Lolo da Vila Oriela, da Associação Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, do Abrigo João Paulo II e da Associação Comunitária Santa Rita de Cássia.

Quebras de recordes para encerrar o anoNo sábado, no halterofilismo, também na Sogipa, as mulheres se destacaram e quebraram três recordes brasileiros. René Belcasse, da classe até 48kg, melhorou a marca que havia conquistado na etapa de São Paulo, ao levantar 65kg. Já Cleide Inês Campos (-40kg), melhorou a melhor marca nacional, que já era sua, levantando 55kg. Josilene Ferreira, a Josi, da classe até 75kg, fechou a manhã de quebra de recordes. Levantou 112kg.

À tarde foi a vez dos homens. José Maria da Silva quebrou a melhor marca do país na classe até 60kg levantando 141kg, enquanto Sandro Alves baixou o recorde brasileiro até 100kg ao levantar 165kg.

“Foi um ano bastante produtivo, resultado de treinamento e muita dedicação. Nada melhor do que uma boa marca para fechar”, comemorou Josi.

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