O atleta paulista precisava de 72 centésimos para igualar o recorde mundial nos 5.000m, T11. Onze recordes brasileiros já foram quebrados na pista da Sogipa. No halterofilismo, as mulheres fizeram bonito e derrubaram três recordes nacionais. Na piscina da PUC, mais marcas nacionais estão caindo
Odair dos Santos foi o grande nome das competições deste sábado, 04, na Sogipa, em Porto Alegre, onde ocorre o Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação. O atleta paulista correu 5.000m em 15min11seg791. O recorde mundial da classe T11 (cego total) é 15min11seg07. O resulta, no entanto, é quatro segundos melhor que o que Odair havia alcançado em São Paulo, em agosto, quando foi reclassificado – antes, ele competia na classe T12, para baixa visão.
“Daria para ter quebrado o recorde mundial hoje. Infelizmente faltaram 72 centésimos. Vamos tentar amanhã nos 1.500m. O dos 5.000m fica para o Mundial”, disse Odair ao receber a medalha de ouro.
Apesar de não ter alcançado a meta de baixar a melhor marca do mundo, Odair ficou feliz com o resultado de hoje, o novo recorde brasileiro da prova.
“Foi minha melhor marca do ano. Além disso, consegui fazer uma prova consistente, mantendo o ritmo e acelerando no final, o que me deixa confiante para a prova de amanhã”, explicou o atleta.
Contando com a marca de Odair, foram quebrados 11 recordes brasileiros no atletismo, neste sábado. Entre eles, o de Edson Graeff. O atleta da classe F42 lançou o disco a 40m20, quebrando o recorde de Luiz Junior, que já durava quatro anos. Na etapa nacional de São Paulo, Graeff havia feito a melhor marca brasileira no arremesso de peso, com 13m20. Há quatro anos no Circuito, Edson promete para amanhã melhorar a marca alcançada no peso.
“É muito bem encerrar o ano assim. Isso aqui não é gincana. É alto rendimento. É uma superação pessoal muito grande. Desde que cheguei a primeira vez ao Circuito fiquei impressionado”, disse.
Preparação de luxoA última etapa do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico é a última oportunidade de competir para 25 atletas que representarão o Brasil no Mundial de Atletismo, de 21 a 30 de janeiro, na Nova Zelândia. E não foi só Odair que fez bonito na pista da Sogipa. Foram mais de 20 ouros só no primeiro dia de competição.
Lucas Prado, favorito ao ouro no Mundial, garantiu mais uma medalha dourada para a coleção ao vencer os 100m, T11.
“Não foi meu melhor tempo, mas está dentro do limite que eu me coloquei. No Mundial será outra história. Temos seis semanas para acertar e baixar o tempo”, disse Lucas.
Recordes brasileiros confirmam e revelamOs melhores nadadores paraolímpicos do país caíram na piscina da PUC, em Porto Alegre, para disputar a terceira e última etapa nacional do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação.
Medalhista de bronze no último Mundial, em Eindhoven, Holanda, Carlos Farrenberg (S13) disputou pela primeira vez todos os estilos numa única competição. Logo de cara, o atleta fez o recorde do circuito nos 100m borboleta, com 11s1164.
“Quero fechar o ano com tempos baixos em todos os estilos. Vou bem nas provas de velocidade, nado livre, e quero expandir isso. Minha meta é participar do maior número possível de provas, já pensando no Parapan do México em 2011.”
Além da confirmação de nomes já consagrados, a última etapa deu esperanças à coordenação técnica de natação. Nas Paraolimpíadas Escolares, que ocorreram em setembro, em São Paulo, Ana Luiza Halabi foi um dos principais destaques. Em Porto Alegre, a mineira caiu na água participando pela primeira vez de um Circuito Nacional. E deu certo. Ana quebrou o recorde brasileiro dos 100m livre S10.
“Nado desde os dois anos e, por isso, minha estreia foi tranqüila. Quero melhorar cada vez mais. Seria muito legal conseguir ir a uma Paraolimpíada”, disse a garota, de 16 anos. Ana ainda nadará os 100m costas, os 50m livre, os 200m medley e os 400m livre.
Sem seu principal adversário, Andre Dias, Phelipe Andrews Rodrigues baixou o tempo em centésimos no 100m borboleta, com 1m02s41.
“Levei o ouro nessa prova e vou nadar para superar minhas próprias marcas. Ainda vou nadar os 50m livre e os 100m, provas que me considero mais forte. Vou entrar para valer”.
A competição começou às 14h e segue até as 22h da noite deste sábado.
Encerrando com chave de ouroNo halterofilismo, também na Sogipa, as mulheres se destacaram e quebraram três recordes brasileiros. René Belcasse, da classe até 48kg, melhorou a marca que havia conquistado na etapa de São Paulo, ao levantar 65kg. Já Cleide Inês Campos (-40kg), melhorou a melhor marca nacional, que já era sua, levantando 55kg. Josilene Ferreira, a Josi, da classe até 75kg, fechou a manhã de quebra de recordes. Levantou 112kg.
“A gente já tinha esse objetivo. Se eu tivesse conseguido essa marca no Mundial da Malásia, em julho, teria conquistado a prata”, lamentou a atleta, que ficou em quarto na competição internacional, repetindo o melhor resultado brasileiro em mundiais.
“Foi um ano bastante produtivo, resultado de treinamento e muita dedicação. Nada melhor do que uma boa marca para fechar”, comemorou Josi.
A goiana tem metas ousadas: quebrar o recorde brasileiro em todas as etapas de 2011 e ser campeã parapanamericana em Guadalajara, no México, para em 2012, nas Paraolimpíadas de Londres, conquistar a primeira medalha paraolímpica brasileira na modalidade.
Os homens entrarão em ação nesta tarde.
Os homens entrarão em ação nesta tarde.
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Sábado das 8h às 12h e das 15h às 18h
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