sábado, 22 de janeiro de 2011

ODAIR DOS SANTOS CONQUISTA PRIMEIRO OURO BRASILEIRO NO MUNDIAL DE ATLETISMO PARAOLÍMPICO


Ele venceu os 10.000m T11 e fez o recorde da competição. A medalha abriu o segundo dia de competição em Christchurch/Nova Zelândia (15h na frente do Brasil). Terezinha Guilhermina e Lucas Prado também disputam medalha neste domingo à tarde, madrugada no Brasil

Odair e Carlos Santos - Foto: Beto Monteiro-Exemplus/CPB

Odair e Carlos Santos - Foto: Beto Monteiro-Exemplus/CPB

Odair e Samuel Nascimento. Foto: Beto Monteiro-Exemplus/CPB

O paulista Odair dos Santos conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil no Campeonato Mundial Paraolímpico de Atletismo, em Christchurch/Nova Zelândia, ao completar os 10.000m T11 em 32min13seg02. A marca é também o novo recorde da competição.

“Foi o segundo presente que eu ganhei aqui. Primeiro foi ser o porta bandeira do Brasil no desfile de abertura. Agora ganhar o primeiro ouro do Brasil”, disse emocionado.

Esta foi a primeira grande competição de Odair como T11 (cego total). Ele foi reclassificado no fim de agosto. Antes, competia na classe T12, para baixa visão. Com a mudança, Odair passou a correr vendado. Mas se adaptou rapidamente, correndo próximo dos recordes mundiais da nova classe em 2010.

Em Christchurch, o atleta brasileiro não teve dificuldade para vencer. Apesar de largar atrás do queniano Immanuel Cheruiyot, cruzou todas as parciais na frente e terminou a prova uma volta à frente do quarto colocado.

“Tínhamos combinado para sair no ritmo de 1min16 por volta. Quando meu guia me disse que ele estava na frente, mas que nós estávamos no ritmo, não me preocupei. Logo ele começou a render menos e eu o ultrapassei”, contou Odair.

“Foi uma prova tranquila. Consegui impor meu ritmo desde o início. Estava bem confiante”, explicou o atleta que fez aclimatação em altitude na Colômbia, em dezembro.

Completaram o pódio o chileno Cristian Valenzuela e o mexicano Luiz Zapien Rosas.

Odair, que disse na abertura estar 101% pronto para o Mundial, agora se prepara para os 1.500m, seu maior sonho na competição.

“A partir do momento que abri mais de 100m do segundo colocado, pensei nas próximas provas. Você tem que se poupar o máximo que pode”, justifica.

O brasileiro disputa na manhã da segunda-feira, 24 (noite do domingo no Brasil), as eliminatórias dos 1.500m T11. A final será no dia seguinte, à noite (madrugada no Brasil). Os mesmos horários valerão para os 5.000m T11: a eliminatória é na quarta-feira, 26, e a final na quinta.

Mais brasileiros em ação
Ainda na manhã do segundo dia, outros dois brasileiros entraram em ação: Ariosvaldo Fernandes, o Parré, ficou em 4º nos 100m T53, com 15seg46. Já Shirlene Coelho ficou com a 7ª colocação no lançamento de disco F37, com 25m24.

Ainda hoje, Lucas Prado e Terezinha Guilhermina brigam pelo ouro nos 100m e 200m, respectivamente.

O Brasil no Mundial
No total, a seleção brasileira conta com 25 atletas. Um time de respeito que estará na pista do complexo esportivo QE II, de 22 a 30 de janeiro, com metas bem definidas: repetir o resultado de Pequim 2008, quando o país ficou em 10º, conquistando 15 medalhas (quatro de ouro, quatro de prata e sete de bronze). No Mundial de 2006, em Assen, os brasileiros já haviam tido marca semelhante: conquistaram 25 medalhas, sendo quatro de ouro, 11 de prata e 10 de bronze, ficando em 17º no quadro de medalhas e sétimo em total de atletas no pódio.

“Essa equipe é uma soma de talentos. Temos uma nova geração, aliada aos atletas que conquistaram medalhas de ouro em Pequim 2008, àqueles que ainda estavam em seu momento de evolução nas Paraolimpíadas e àqueles que se tornaram realidade depois dos Jogos”, diz o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons.

“A expectativa é conquistar um resultado melhor do que alcançamos no Mundial de 2006. Além disso, o Mundial, a 18 meses das Paraolimpíadas, será uma referência muito precisa do que teremos em Londres 2012”, completa o dirigente.

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