quarta-feira, 5 de maio de 2010

Air Race Corso Alado Nicolas Ivanoff adapta avião para as condições do Rio



O piloto francês Nicholas Ivanoff foi o primeiro dos competidores a desembarcar no Rio de Janeiro para a terceira etapa do circuito Red Bull Air Race de 2010, o campeonato mundial de corrida aérea. No sábado o piloto, patrocinado pela Hamilton, já era visto no hangar da Base Aérea do Galeão ajudando sua equipe a encaixar a asa na fuselagem e a apertar os últimos parafusos para a competição.

Vencedor das etapas de Perth, Austrália, em 2007, e San Diego, Estados Unidos, em 2009, Ivanoff terminou o último campeonato em 5º lugar e confia em mais pódios e vitórias para 2010. “Fizemos algumas alterações no avião e a expectativa da equipe é que consigamos nos classificar entre os quatro primeiros no Rio de Janeiro”.

Em seu currículo ainda constam um vice-campeonato francês de acrobacias em 2003 e o título de campeão mundial de voo acrobático em 2000, como membro da equipe francesa vitoriosa em Toulouse — competições que teve de deixar de lado para se dedicar às provas de velocidade do Air Race.

O francês passou a correr com um Edge 540 de uns anos para cá e diz ter ganhado em controle: “Estamos muito satisfeitos com a nova opção, que nos trouxe mais previsibilidade durante as manobras. Junto com Jean-Paul Kieffer (coordenador de equipe) e o Martin Barth (especialista técnico), a equipe está constantemente realizando experiências para desenvolver um avião mais rápido”.

“Trabalhamos muito para aperfeiçoar o design. Redesenhamos toda a fuselagem, desde o spinner, a carenagem, até a bolha do piloto, e temos algumas opções de peças para adaptar o avião às diferentes condições que encontramos em cada etapa”, diz. Com uma tecnologia computadorizada que permite medir a temperatura e o fluxo de ar para o motor, a equipe deve escolher uma carenagem específica para melhorar a admissão — entrada da mistura de ar e combustível no motor — e obter um desempenho melhor nas condições climáticas do Rio de Janeiro.

Para desenvolver seus projetos inovadores, a equipe francesa conta com o apoio da marca Hamilton de relógios, pertencente ao grupo Swatch, os quais ainda suportam a aceleração de 12 vezes a gravidade de algumas manobras para suprir o piloto com o controle preciso do tempo, um fator essencial para qualquer aviador. “Em aviação precisamos do tempo o tempo todo. Seja para controlar o consumo de combustível, para ver o quanto leva entre dois destinos, ou para medir os resultados da corrida”.

Ivanoff é um admirador incondicional dessas invenções de Santos Dumont. “Sem o pioneirismo dessa figura legendária, hoje não poderíamos viver essas aventuras incríveis que a aviação proporciona. Voar é algo mágico. Ao fazer manobras no céu, sinto estar testando os limites das três dimensões. Pilotar um avião pode parecer complexo, mas ao fim é tão simples quanto dirigir um carro. É algo que as pessoas deveriam tentar pelo menos uma vez na vida”, insinua o piloto francês, que aprecia tudo que vem depois da decolagem e antes do pouso, explicando que “decolagem e pouso são os momentos mais perigosos do voo, e eu não gosto de correr perigo, gosto de voos agradáveis...”

Para o Corso Alado, não há “voo agradável” sem rolamentos, giros e loopings sob 12g.



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