sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Copa Brasil de Para-Tiro Esportivo: competição nacional é neste fim de semana



Um veterano e uma revelação da modalidade comentam expectativas sobre empenho e rivalidade na primeira edição da Copa Brasil de Para-Tiro Esportivo, que começa neste sábado


Os primeiros disparos da Copa Brasil de Para-Tiro Esportivo acontecerão neste sábado, 25 de fevereiro, às oito e meia da manhã, em Curitiba. Organizado pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), o primeiro evento nacional da modalidade no ano servirá para intensificar a preparação dos atletas que desejam representar o Brasil nas Paraolimpíadas de Londres 2012.

Além disso, a competição vai contribuir na difusão do esporte no país. Isto é o que pensa o para-atirador Walter Calixto, 45, atleta da Associação de Reabilitação da Polícia Militar (ARPM) do Rio de Janeiro. O ex-PM, que está no esporte paraolímpico desde 1998, diz que a inclusão de mais uma data no calendário da modalidade ajuda a tornar o esporte mais conhecido.

A Copa ajudará a ranquear os atletas com condições de disputar as Paraolimpíadas, mas não será apenas isso. “Quero ir bem para poder ser convocado e representar o Brasil nos mundiais da Turquia, EUA, Espanha e Austrália até o fim do ano”, revela Calixto. Para ele a maior dificuldade não será competir com os outros atletas, mas consigo mesmo.

“Não dá pra levar a rivalidade entre atletas muito em conta. Todos somos exemplos de superação. A maior batalha é contra si mesmo. No controle emocional, na apuração da técnica e até na questão da respiração, já que até este detalhe conta muito na hora de disparar”, explica o para-atirador de pistola classe SH1.

Não tão experiente quanto Calixto, Rodrigo Viana, 41, atirador de carabina classe SH2, diz que a rivalidade existe sim. E não só na hora da competição. “Treino com o Peterson Cruz, que é da mesma classe que eu. Então a competitividade é alta desde os treinos”, ressalta. O para-atleta, que está na modalidade há apenas cinco meses já tem o seu objetivo na mira:

“Minha meta na Copa é fazer 570 pontos e eu acho que chego lá. No Campeonato Brasileiro de outubro fiz 541”, analisa Rodrigo. Apesar de estar próximo do índice classificatório das Paraolimpíadas, o atirador mantém o discurso humilde. “Meu objetivo é disputar as Paraolimpíadas em 2016. Se der pra ir em 2012, maravilha. Mas o que eu não abro mão é de estar nos Jogos do Rio”, destaca.

Atirar custa caro

Estar nos Jogos Paraolímpicos do Rio 2016 é objetivo de Rodrigo desde que Rodrigo era atleta da natação. “Passei muitos anos nas piscinas. Deixei porque tive que começar a trabalhar e não tinha como me dedicar. Mas no tiro é diferente. Eu saio do trabalho e vou para o treino, que me desgasta menos fisicamente e me ajuda a relaxar”, conta, orgulhoso da escolha.

Mas uma coisa em específico incomoda Rodrigo na comparação entre seu passado nas piscinas e o presente no tiro esportivo. “Para nadar eu só precisava de uma sunga. Para atirar eu preciso de uma arma e de muitos acessórios, que são caros. O custo do tiro esportivo é muito alto”, lamenta. Para ele, essa é uma das principais razões do esporte ter poucos adeptos, ao lado da baixa divulgação da modalidade.

A expectativa é de que os eventos do CPB, como a Copa Brasil deste fim de semana, consigam resolver pelo menos este último problema. “As pessoas que puderem conhecer realmente o esporte vão passar a deixar de lado o medo e a idéia errada que normalmente se tem quando o assunto é tiro”, encerra.


Foto: Beto Monteiro-Exemplus/CPB

Copa Brasil de Para-Tiro Espotivo
Local: Santa Mônica Clube de Campo, em Curitiba
Data: 25 a 27 de fevereiro
Mais informações sobre a Copa Brasil de Para-Tiro Esportivo: Clique aqui e tenha acesso à página.

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Foto: Beto Monteiro-Exemplus/CPB

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